quinta-feira, 22 de abril de 2010

  • Olhando um saite na Internet que falava de brinquedos antigos, me lembrei de minha irmã que já se foi, e de minha infância que também se foi.Quando ela nasceu eu tinha 11 meses, minha mãe ficou algum tempo hospitalizada por conta de uma cirurgia de pedra na visicula ,que só poderia ser feita depois que minha irmã nascesse.Me lembro muito bem que fomos visitar elas no hospital ,meu pai e eu.Na época eu já andava, e quando vi aquela enorme cama, sim porque pra um bebe de 11 meses a cama era bem alta ,não enxergava minha mãe se não subisse nela.corri feliz da vida pra ver minha mãe, mais como estava ainda aprendendo a andar cai.Meu pai me pegou pela mão ,e me chamou de molenga,minha mãe não gostou, e eu abri um berreiro.Dei um abraço nela ,mais não vi minha irmã que estava no berçário.Me lembro que fui pra casa da família dos amigos de meu pai,Hermes eEnedina , meus padrinhos.O incrível é que me lembro de coisa desta época como se fosse ontem.Nesta casa tinha uma vendinha que era do casal de velhinhos, pais de meus padrinho Hermes e Enedina.Eles tinha mais uma filha que se chamava Nilda, era bem baixinha quase anã.Ela que cuidava de mim. Me lembro de um armário na cozinha que ficava perto da porta que dava pro interior da venda, muitas vezes ela comigo no colo, abria o tal armário e de la de dentro vinha um cheiro de sei la o que, uma mistura de queijo com linguiça.Não posso dizer que era um cheiro ruim mais bom também não era.Na porta dos fundos da cozinha, tinha uma escadinha de uns dois degraus que eu descia de costas.Me lembro que fiquei la por uns dois anos.Era perto da minha casa,e meus pais me visitavam sempre, mais pela frágil saúde de minha mãe não pude ficar com minha família.Meu vicio era a chupeta.Sem ela eu não ficava, e se não encontravam , tinham que comprar logo outra, pois a choradeira era certa.Talvez pela falta diária de minha mãe , me fazia assim tão dependente da tal chupeta.Aos 3 anos de idade voltei pra casa .um belo dia eu estava no portão de minha casa com os pezinhos na grade e olhando a rua, quando passou uma senhora e conversando comigo pediu que eu tirasse a chupeta . Na hora ela me falou que eu deveria me livrar daquela chupeta pois eu era mais linda sem ela. sem pensar muito,fui pros fundos de minha casa onde tinha um terreno baldio e joguei a chupeta por cima do muro. À noite chegou e meu desespero também. Teria que ser forte, Pois eu era responsável por toda aquela situação.Minha mãe toda preocupada se pós a procurar minha chupeta. Então falei que não queria mais e que tinha jogado fora.Me lembro d'ela me falou que eu teria que ser forte e não chorar.A noite foi grande,e me desespero em meio a escuridão me atormentava e isso durou umas 4 noites. Sofri calada, e pra compensar a falta que a chupeta fazia comecei a morder e a chupar minha própria língua , faço isso ate hoje.Meu pai era funcinario da Souza cruz, empresa de cigarros, alias ele fumava muito,Bom mais voltando ao assunto, queria falar de minha irmã, hoje a homenagem é pra ela, que sempre foi minha companheira.Não sei ao certo quantos anos faz que ela faleceu, mais me lembro que foi no dia 19 de Janeiro, o ano não me lembro. Minha memoria resolveu apagar esta parte,de certa forma isso me faz bem.Bom, na nossa adolecencia, gostávamos de ajudar as pessoas, principalmente as pobres.Na rua em que morávamos tinha uma família muito pobre, o casal tinha mais ou menos 5 filhos, não me lembro bem, mais acho que eram duas meninas e 3 meninos. A mãe das crianças trabalhava de faxineira e não tinha tempo pra casa e nem pros filhos que passavam o dia na rua, brincando na arei. Eram crianças lindas e muito queridas, e nos éramos apaixonadas por elas. Então limpávamos a casa deles, fazíamos comida e dávamos banho nas crianças. Minha irmã gostava muito de beijar apertar e abraçar elas, mais não dava pra fazer isso sem primeiro dar um bom banho neles, e éra exatamente isso que fazíamos. Eles não tinha chuveiro, então levávamos eles pra nossa casa e dávamos aquele banho e então beijávamos apertávamos abraçávamos a vontade, e nem imaginem como eles ficavam felizes.Ah nem contei dos piolhos, nossa era demais, esta parte era comigo, alias eu tirava piolho, tirava dente mole e cortava o cabelo de todas as crianças da rua. Eu gostava muito de fazer isso.Aos sábados atarde reuníamos as crianças numa sombrinha ao lado da nossa casa, os bancos era tijolos, ali tentávamos reproduzir a nossa escola sabatina que acontecia na parte da manha na nossa igreja. Cantávamos hininhos,orávamos e contávamos lindas historias, os olhinhos deles brilhavam, e nos nos sentíamos super importantes. Todos os sábados eles vinham na nossa frente da casa, nos chamavam e perguntavam quase em coro.. -hoje vai ter historinha? Nossa minha irmã era minha super companheira, desde muito pequenas cantamos na igreja e na escola em ocasiaoes especais,cantávamos em duas vozes, ela fazia um belo soprano e eu contralto, nunca minha voz casou Tão bem como casava com a voz dela, o tom era sempre o mesmo, havia uma congruência que dava gosto..
bom o sono esta chegando, levanto todos os dias muito cedo pra ir trabalhar. amanha falo mais de nos.

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